21 de dezembro de 2009

Obrigada e Feliz Natal!

E antes que passe o dia, um Feliz e óptimo Natal para todos, repleto de amor e alegria, afinal, o mais importante são as pessoas de quem temos a companhia. :o)

A ideia pode já ter-se tornado cliché, mas não deixa de ser verdadeira: o melhor do Natal são as pessoas, a família, que poderá até não ser de sangue. Em suma: as pessoas com quem se partilha um sentimento recíproco de amor e amizade.

O Natal é a época mais bonita do ano e deverá ser um ponto de partida para a vivência do ser humano, um renovar de energias, um abrir de olhos para começar o novo ano de uma forma diferente. As acções solidárias, a felicidade partilhada numa troca de lembranças, em que o que mais importa é o gesto e não o objecto, a reunião calorosa das pessoas que se juntam, isso sim, tem que fazer parte de uma vida plena. A minha não seria tão preenchida sem estas coisas.

Obrigada!

E Feliz Natal!
メリークリスマス!!



10 de dezembro de 2009

Cena no circo

Uma observação do deputado Ricardo Gonçalves terá motivado a irritação de Maria José Nogueira Pinto durante a primeira audição da Comissão Parlamentar de Saúde:





Palavras para quê?
De uma coisa tenho a certeza: há gente que não é digna de se sentar nas cadeiras da Assembleia da República. É impossível estarmos orgulhosos do governo que temos.

7 de dezembro de 2009

Ana

Yay! Existe uma música na banda sonora de um anime que adorei (Clannad) que se chama Ana! Não podia deixar de a partilhar por este motivo, mas também porque a música é muito bonita, profunda e emocionante. Fala da preciosidade de um lugar que, apesar da mudança a que inevitavelmente está sujeito, não deixa de ser o lugar. Podem ouvi-la aqui e acompanhar a letra:


Ana

The place changes and goes. Like a wind, like clouds.
Like the traces of the heart, no halt at the place.

The place is so far away. Be far apart.
People's hand does not reach, so merely has the worship.

The place is a lofty lord. Can't meet nobody put on.
We will lose the place so lofty which changes.

Not all were desired. However, we're never sad.
Still, there is still the place. Far away. far away.

The wind blows through the place. An endless, with all.
Like the ripple float on the water, it blows as it goes.

The place is not make at all. Nothing is shown.
Like the sand clasped by hand, it falls vainly.

The place is a profound lord and wear the vain faint light.
But we will find it in the place, the hut at which it stands still.

If not concerned with all, it will maintain that "no dye".
Therefore, there is still the hut. It's lonely, solitary.

No halt at the wind and soars to the sky.
Like the verdure meets with sunrise, it grows up as reborn.

The hut has held new one that's different from all.
Like the sand castle of the children, but realized with the mind.

The person is a vain statue where taciturnity calm.
Still, we will know a huge flow. It is stopped by nobody.

Soon, the wind where is the snow cloud will be dyed to snow-white.
Summer grass will incline. No sunlight, feebly shade.

The place buried in deep snow, like the collapsing castle.
Like the head of the shade figure, will be thrown away.

The hut buried in deep snow, it sinks in to the flood.
And the "not dyeing" is dyed out and waits for a oppose one.

Even if all are healed, be gonna no return.
There is still the place. Far away, far away.

The place changes and goes. Like a wind, like clouds.
Like the traces of the heart, no halt at the place.

The place is a lofty lord. Can't meet nobody put on.
Still, there is still the place. Far away, far away.






p.s.: Julgo que há pequenas falhas a nível sintáctico, mas isso, por vezes, acontece nas músicas cantadas em inglês por japoneses. ^^''

3 de dezembro de 2009

Completamente grata

Numa altura em que a ferrugem começa a surgir, coisas como esta enchem o coração de qualquer um:





Estou completamente grata! <3

30 de novembro de 2009

Voluntária pela 2ª vez

Dediquei o meu dia de ontem à campanha de recolha de alimentos para o Banco Alimentar. Foi a segunda vez que fiz voluntariado e só posso dizer que é uma experiência gratificante. Ainda por cima, conheci duas pessoas espectaculares. É incrível como passar por essa experiência única faz bem aos outros mas também a nós próprios. A muitos níveis. Algo curioso com o que me deparei foi o número de voluntários mais novos que eu. Sem dúvida que a nova geração já demonstra outras preocupações.

Podem dizer tudo o que quiserem do povo português mas ninguém pode negar o facto de a nossa sociedade ser das mais solidárias, mesmo a nível internacional. Os resultados da campanha foram bastante satisfatórios: segundo me informei, a recolha deste fim-de-semana atingiu as 2.498 toneladas de alimentos, superando em 30,9 por cento as 1.908 toneladas obtidas em Novembro de 2008.

Uma informação importante: quem quiser, pode continuar a contribuir na próxima semana com a aquisição de vales.

Em suma, adorei a experiência e fazer voluntariado é algo que aconselho a toda a gente porque é realmente muito bom. : )



27 de novembro de 2009

Parábola do samurai

Um samurai grande e forte, de índole violenta, foi procurar um monge pequenino.
- Monge, ensina-me sobre o Céu e o Inferno! - disse numa voz acostumada à obediência imediata.
O monge miudinho olhou para o terrível guerreiro e respondeu com o mais absoluto desprezo:
- Ensinar-te sobre o Céu e o Inferno? Não te poderia ensinar coisa alguma. Tu estás imundo. O teu cheiro é insuportável. A lâmina da tua espada está enferrujada. És uma vergonha, uma humilhação para a classe dos samurais. Desaparece da minha vista! Não consigo suportar a tua presença execrável.
O samurai enfureceu-se. Estremecendo de ódio, o sangue subiu-lhe ao rosto e ele mal conseguia balbuciar uma palavra de tanta raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e preparou-se para decapitar o monge.
- Isto é o Inferno - disse o monge mansamente.
O samurai ficou pasmado. A compaixão e absoluta dedicação daquele pequeno homem, oferecendo a sua própria vida para lhe ensinar o que é o Inferno! O guerreiro foi lentamente baixando a espada, cheio de gratidão, subitamente pacificado.
- E isto é o Céu - completou o monge, com serenidade.

História zen budista


Foi por acaso que li esta história e logo achei que não podia passar despercebida. Não é só por, ultimamente, estar a ouvir falar bastante do Budismo no Mestrado, mas a verdade é que me identifico em grande parte com os ensinamentos desta filosofia de carácter espiritual.

E, como não podia deixar de ser, há uma lição a retirar deste pequeno texto.



16 de novembro de 2009

@Pé-da-Serra (Alentejo)

Ontem fui visitar (pela segunda vez) uma pequena aldeia de onde os meus avós paternos eram originários e na qual o meu pai passou parte da sua infância: o Pé-da-Serra, no concelho de Nisa, Alentejo.





A memória dos três que dias que lá passei quando tinha 10 anos estava mais ou menos nítida: lembrava-me da casa (apesar de estar, agora, um pouco mais modernizada e com uma arrumação diferente), das ruas e da vista. Gostei de ouvir histórias do passado, rever os tios velhotes e de respirar o ar bucólico daquele pedacinho de terra que jamais ficara esquecido. A verdade é que é complicado fazer uma estadia prolongada (e confesso que se ficasse lá mais do que uma semana me aborreceria), mas para a próxima espero fazer uma visita não tão rápida quanto esta (que teve como principal propósito o aniversário da minha tia, que desta vez se esmerou na sericaia). Não tive tempo de parar para apreciar e houve lugares na proximidade que ficaram por (re)ver.

Por isso eu digo: até à próxima!

4 de novembro de 2009

Votem! Votem! Votem!

Queria pedir um grande favor a todos os visitantes do meu blogue: podiam registar-se no site Hi-Gamers e votar na assinatura da minha autoria?

O link está aqui e a frase é "Hi-Gamers: Hi-experiences (Ana Rita Piçarra)".

Vá lá, não custa. Sou pobre e muito fã de videojogos.

Thanks in advance!



1 de novembro de 2009

Lisboa & Tóquio

Aproveitei este fim-de-semana para dar uma espreitadela à exposição "MIRRORCITIES", que teve lugar no Museu do Oriente e a duração de um mês.

A ideia do projecto foi excelente: por lado a lado fotografias de duas cidades tão diferentes, que reflectissem o que entre elas fosse semelhante, antagónico ou peculiar, tendo como base um determinado tema. A escolha dessas mesmas cidades foi o que tornou este trabalho, na minha opinião, realmente interessante. Foram elas: Lisboa e Tóquio. As autoras do projecto referiram que de nenhuma das cidades se procurou obter um retrato fiel, ou realista, mas antes impressionista e particular, e isso está bem patente na reflexão fotográfica sobre o dia-a-dia destas cidades geograficamente tão distantes.




"Pétalas coloridas"


´

"Corvos"




"Casais"




"Miúdos da escola"




"Doces"




"Pão"


Para mim, valeu a pena uma horinha da tarde de sábado passada no Museu do Oriente, com a minha irmã e os meus pais. É sempre agradável respirar cultura e alargar conhecimentos. E porque fui lá, soube da existência do blogue mirrorcities, onde se pode saber mais sobre as autoras e ver todas as 150 fotografias (no Museu estavam expostas, aproximadamente, 30, mas em tamanho grande).

Tal como escrevi no caderno de opiniões, deixo aqui os meus parabéns pela iniciativa. Só tenho pena que algumas fotografias estejam desfocadas. No entanto, sei que não estou em posição de exigir ainda mais qualidade de um trabalho que surgiu de um projecto pessoal, cujo reconhecimento da parte do público fez com que ganhasse o mérito que tem hoje e ultrapassasse os limites da sua esfera de origem.

Espero que, no futuro, haja mais projectos que, tal como o "MIRRORCITIES", nos aproximem da cultura dos nossos amigos nipónicos.

30 de outubro de 2009

beyond kawaii

Ontem tive a oportunidade (maravilhosa) de desfrutar do evento "beyond kawaii - animação e pintura", promovido pela Embaixada do Japão em Portugal, em conjunto com a Universidade Politécnica de Tóquio. O motivo principal para a sua existência foi, tal como refere o nome e segundo o director do "beyond kawaii", Taku Furukawa, mostrar, em termos de arte, o que está para além da expressão kawaii (que significa querido, giro, bonito), tão banalizada, mesmo no Ocidente. Para isso, através de uma aplicação peculiar dos conhecimentos, surge o expressar de emoções e sentimentos como forma de comunicação.





Este evento passou pelas cidades de Coimbra, Porto e Lisboa. Na capital, onde pude assistir, teve lugar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Cinco jovens japoneses, com um futuro promissor na área da animação 2D ou 3D, deram a conhecer os seus trabalhos de final de curso, acompanhando a exposição com um comentário relativamente à peça de arte. Foram eles:

- Tomoyoshi Joko, com "Lizard Planet";
- Wataru Uekusa, com "Mukogaoka Chisato Was Only Gazing";
- Toshiki Nonaka, com "Socket";
- Amica Kubo, com "Bloomed Words";
- Hiroco Ichinose, com "Ushi-nichi".

Foi com enorme prazer que apreciei cada obra de arte. Gostei particularmente do trabalho de Amica Kubo, pois a ideia-base do projecto estava incrível: extrair de uma conversa casual entre três amigos dois minutos e, a partir daí, fazer uma animação, em que havia um diálogo, surgindo dos personagens imagens que lhe estavam relacionadas.

Além disso, confesso que foi emocionante a fugaz interacção com estes jovens, que se fizeram acompanhar por uma intérprete (uma profissão que não me importava de ter) porque falavam japonês e não percebiam português. Muito mais do que emocionante: foi mesmo uma honra. Vestiam-se de uma forma peculiar e tinham jeitos e expressões faciais muito próprios, mas era isso que fazia deles kawaii (sim, eles também eram :P). Achei piada ao facto de dois dos jovens terem dito, com um grande sorriso, que tinham comido sardinhas.

No final, não só havia postais para trazer (felizmente, consegui um de cada, afinal, eram limitados), como também Wataru Uekusa, o único mangaka e o responsável pela imagem do folheto, se ofereceu para mostrar manga da sua autoria. Fiquei triste comigo mesma por não ter tido coragem/lata para lhe pedir.










(podem ampliar os postais para ver os sites dos autores)


A ida ao evento também valeu pela companhia (o meu amigo Miguel, que já não via há tanto tempo, e a minha amiga Cláudia, sempre pronta para qualquer aventura :P) e por uma informação preciosa: como, em 2010, faz 150 anos em que foi assinado o Tratado de Amizade entre Portugal e o Japão, foi garantida a organização de muitas actividades para celebrar.

ESTAREI EM TODAS (ou na maior parte)!


Nota: Informação detalhada sobre o programa do "beyond kawaii" aqui.

O meu blogue é estúpido

e por isso tirei a opção para aparecer o título dos posts mais recentes dos blogues que estão na minha lista. Era uma coisa útil, sem dúvida, porque assim já sabia quando havia novidades. Mas, já há algum tempo, ele insiste em não manter essa secção actualizada, e isso tornou-se incómodo.

Espero que o mau feitio seja temporário.


Photobucket

27 de outubro de 2009

Por-do-sol

Gosto muito da natureza. De a observar, ouvir, cheirar e sentir. É uma dádiva que nem sempre é respeitada como devia. Às vezes, pergunto-me por que é que as pessoas pisam a relva ou caminham em direcção aos pombos, sem se desviarem. Eles não são menos que nós.

Ao mesmo tempo, aprecio cada momento do dia, particularmente o nascer e o por-do-sol, e cada fase das estações. São pequenos instantes que me inspiram e fazem sentir viva.






































Considero-me sortuda por ter conseguido captar estas imagens. =)

É da idade

A Bai está a ficar velha. Tem 7 anos, que na idade dos cães são, aproximadamente, 50. E, tal como as pessoas, apresenta sinais de um tal envelhecimento:

- Não dispensa, desde o Verão, do seu momento de cusquice a olhar para a janela;

- Já só come as bolachas do pequeno-almoço molhadas em leite;

- Já não consegue subir os 4 degraus das escadas do beliche;

- Tem os dentes... coitada, também não os lava. Quer dizer, eu até tenho uma pasta de dentes para cão para lhos lavar, no entanto, ela não deixa.


Mas, apesar de tudo, continua com muita energia, e mau feitio, de vez em quando, também não lhe falta. Além disso, é a minha actriz e modelo predilecta. =')




20 de outubro de 2009

Só para dizer que

sabe muito bem estar em casa num dia como este. Quer dizer, eu até não me importo que a chuva me molhe, mas não é só isso... é também por lá fora estar escuro. :3





Não concordam comigo? Vou desfrutar deste momento ao máximo porque a tarde vou ter que sair.

16 de outubro de 2009

Bai vs ?

Ela é linda e maravilhosa, e faz coisas muito engraçadas, embora o que vá mostrar aqui não seja o mais impressionante, mas, infelizmente, não tenho vídeos de todas as gracinhas da Bai, a minha cadelinha pinchire (ela é uma mistura de pincher e yorkshire). =')

Aqui está um minuto de vídeo:


13 de outubro de 2009

Memórias ~ Polegarzinha

Há filmes de animação, principalmente os que fazem parte da nossa infância, que são impossíveis de esquecer, pois revê-los traz à superfície memórias e sentimentos mais ou menos esquecidos, que nos fazem ver o mundo de uma forma mais positiva.

Depois de Once Upon a Forest, venho falar de Thumbelina ou Polegarzinha. A história já todos devem conhecer: uma menina do tamanho de um polegar apaixona-se pelo príncipe das fadas, no entanto, é raptada, tendo de ultrapassar muitos obstáculos até chegar a casa e reencontrar o seu amado.

Resolvi fazer este post porque queria partilhar convosco uma música deste filme que adoro. Na minha opinião, quem o viu e a ouviu, não ficou indiferente à "Let Me Be Your Wings":


Let me be your wings
Let me be your only love
Let me take you far beyond the stars
Let me be your wings
Let me lift you high above
Everything we're dreaming of will soon be ours

Anything that you desire
Anything at all
Everyday I'll take you higher
And I'll never let you fall

Let me be your wings
Leave behind the world you know
For another world of wondrous things
We'll see the universe
And dance on Saturn's rings
Fly with me and I will be your wings

Anything that you desire
Anything at all
Anything at all
Everyday I'll take you higher
And I'll never let you fall
You will be my wings
Let me be your wings
You will be my only love
Get ready for another world of wondrous things
Wondrous things are sure to happen

We'll see the universe
And dance on Saturn's rings
Heaven isn't too far
Heaven is where you are
Stay with me and
Let me be your (You will be my) wings



let me be your wings - thumbelina


Eu vi o filme em português do Brasil, mas acho que a versão original da música está mais bem conseguida. Entretanto, arranjei o filme em inglês e fiz o upload deste segmento. Quem estiver interessado, descarregue aqui.

Há uma versão com menor qualidade no YouTube:





Podem chamar-me infantil, não me importo. O que é certo é que adoro estas coisas. =')

26 de setembro de 2009

Cinemada

Há muito tempo que não ia ao cinema e, confesso, já tinha saudades. Não foi propositado, mas acabei por ver três filmes esta semana: "A Esperança Está Onde Menos Se Espera", "Para a Minha Irmã" ("My Sister's Keeper") e "Minhas Adoráveis Ex-namoradas" ("Ghosts of Girlfriends Past").





Gostei bastante do filme português. Supreendeu-me pela positiva, apesar de achar que, em determinadas cenas, o dramatismo foi exagerado. Ainda assim, recomendo-o, pois, a nível de realização, está muito bem conseguido.

Já tinha ouvido dizer muito bem do "Para a Minha Irmã". Uma história que, não sendo verídica (penso eu), retrata, de uma forma emocionante, o drama de uma família, cuja irmã mais velha sofre de um tipo grave de leucemia. É um filme que faz pensar no verdadeiro valor da vida e na importância do amor e da amizade, principalmente, numa situação como esta. É cinco estrelas.

Não gostei do "Minhas Adoráveis Ex-namoradas". E não foi por ser comédia romântica (um género de filme que não aprecio muito). A história era bastante surreal e, apesar de ter alguma piada, às tantas, tornou-se demasiado previsível.

Obrigada às pessoas que me fizeram companhia durante esta cinemada. Afinal, os momentos passados juntos valem sempre mais do que os filmes. =)

12 de setembro de 2009

Um passeio fascinante: a Quinta da Regaleira

Ontem, dia 11 de Setembro, eu, a minha irmã e mais duas amigas muito especiais decidimos dar um pulinho a Sintra para conhecer a Quinta da Regaleira.

Tal como diz no folheto que nos deram na entrada, constitui um dos mais surpreendentes e enigmáticos monumentos da Paisagem Cultural de Sintra. Situa-se no elegante percurso que ligava o Paço Real ao Palácio e Campo de Seteais, dentro dos limites do centro histórico. Entre 1898 e 1912, Carvalho Monteiro transformou-a no seu lugar de eleição, conferindo-lhe as características actuais.

O que mais me fascinou na Quinta da Regaleira foi a simbologia associada a todos os seus elementos. Já dizia no folheto que, enquanto representação do cosmos, o jardim é revelado pela sucessão de lugares imbuídos de magia e mistério. E, de facto, desde a simples disposição do espaço verde até aos monumentos, vislumbram-se referências à Mitologia, ao Olimpo, a Virgílio, a Dante, a Milton, a Camões, à missão templária da Ordem de Cristo, a grandes místicos e taumaturgos, aos enigmas da Arte Real, à Magna Obra Alquímica.

Foi um passeio que adorei e repetiria, sem dúvida. Foi-nos feita uma visita guiada, o que, para mim, é a melhor opção para quem quer conhecer a história e o contexto do lugar que visita.

Porque acho que todas as pessoas deveriam dar uma escapadela até este local, deixo aqui algumas fotos:




Uma parcela muito pequena do jardim (só para dizer que este tinha mais de 1500 variedades de flora)




Ao lado do deus Orfeu (tinha de ser xD). Esta estátua estava no Patamar dos Deuses, ao pé da de Fortuna, Vénus, Flora, Ceres, Pã, Dionísio, Vulcano e Hermes.




Grutas subterrâneas, artificiais



Vistas diferentes do mesmo local. Em cima, a Fonte da Abundância. Penso que este lugar era onde se fazia a recepção do novo Iniciado da Ordem.




Oficina das Artes, porque, actualmente, são feitos aqui vários espectáculos. No entanto, reportando-nos à época, era um núcleo destinado a dependências dos funcionários, garagem e casa do gerador, onde se produzia energia eléctrica que abastecia toda a propriedade.




O Poço Iniciático, visto de cima e de baixo. "Torre invertida" que se afunda cerca de 27 metros no interior da terra, com acesso através de uma monumental escadaria em espiral. Configura-se como um espaço de sagração, de conotações herméticas e alquímicas, onde se intensifica a relação entre a Terra e o Céu. No solo, está uma rosa dos ventos, fiel (podíamos comprová-lo com uma bússola).




Um pato, dentro das grutas. Nós também lá estivemos e passámos para a margem oposta através de um caminho de pedras. E se o guia não nos tivesse dito que aquilo verde era água e não chão artificial? ^^''




Residência de veraneio da família Carvalho Monteiro, concebida em estilo neo-manuelino. Estivemos em algumas salas.




O grupo: eu, Raquel, Mafalda e Sofia (obrigada pela tarde de ontem!).