23 de dezembro de 2011

Para todos

Vamos acreditar que, este ano, vai ser a primeira vez que vamos ver 366 dias a passar diante dos nossos olhos para, com espanto e alegria, descobrirmos que as pessoas à nossa volta estão a dividir algo muito falado, mas pouco entendido, chamado Amor.

Desejo que, neste Natal, todos possamos entender e partilhar este sentimento genuinamente. Que este espírito se mantenha durante o ano 2012 para, na diferença, conseguirmos reconhecer a igualdade.

Para todos, um Feliz e Santo Natal, e um próspero Ano Novo.



20 de dezembro de 2011

Pelo reconhecimento

Agradeço-te muito.

Ter sido seleccionada já foi mais do que um prémio.

18 de dezembro de 2011

Fraquinho...




Foi ontem que a RTP transmitiu a edição do concurso "O Elo Mais Fraco" em que eu participei. Tendo em conta que foi a minha segunda experiência televisiva deste género (a primeira foi esta), o meu feedback é positivo. Compreendo que possam duvidar da minha palavra por causa do título do post mas estou a ser sincera.

Há três semanas, feliz da vida por ter passado no casting, dirigi-me aos estúdios, que ficavam ao pé de uma quinta, no meio do campo. Entrei e fui logo bem recebida pela equipa de produção. Maquilharam-me, pentearam-me e depois, tal como estava previsto, fui almoçar com os meus companheiros de jogo, todos muito simpáticos e acessíveis.

O único problema foi ter partido um prato (um mau presságio?). Assim que este se estilhaçou no chão, ouvi logo várias pessoas a dizer em uníssono "És o elo mais fraco, adeus!". Não é novidade nenhuma eu ser perita em criar este tipo de situações, por isso, tentei ficar à vontade e desvalorizar o que tinha acontecido. Convivi com os meus "rivais" e partilhámos experiências, tendo sido esta, sem dúvida, a melhor parte da tarde.

Logo a seguir, só houve tempo para ouvir instruções e retocar a maquilhagem porque, finalmente, íamos começar a gravar, em primeiro lugar, o genérico e, depois, o concurso. A filmagem foi um pouco demorada porque estas coisas da televisão têm os seus truques, os quais não vou revelar para não manchar a aura do programa. :P

No meu caso, até não durou muito porque fui a primeira a sair:





P: Que verbo significa "pintar com a cal"?

R: Uhh... passo! (Branca!)


P: Manuel Vilarinho já foi presidente do Sporting Clube de Portugal ou do Sport Lisboa e Benfica?

R: Sporting! (Que falta de pontaria!)


P: Que profissão começada pela letra "t", de "teresa", tem o ajudante do pedreiro?

R: Uhh... passo! (Branca!)


E foi assim a minha primeira e última ronda no jogo. O que me correu melhor foi o discurso pós-derrota, que me saiu fluentemente e com coerência.

Apesar de tudo, tinha ficado com uma ideia pior da minha prestação, no entanto, ontem abati todos esses fantasmas pois, pelo que vi, consegui transmitir simpatia e desportivismo, a par de um pouquinho de burrice, que é de menor importância, hehe!

O que é certo é que, no dia da gravação, houve um ou outro contra-tempo e, por coincidência ou não, ontem também - a emissão do programa foi temporariamente interrompida por causa de um erro. Eu nunca as vi mas lá que as há, há.

De qualquer forma, guardo ambos os dias com muito carinho e algumas saudades da adrenalina que é viver experiências únicas e emocionantes.

Agora resta-me esperar pela terceira oportunidade para ser de vez. :D

12 de dezembro de 2011

Quem tem boca vai a Roma

Durante a hora de almoço, que serviu de pausa para o exame, os três saíram do instituto e atravessaram a rua, com o intuito de saberem se o café da rua servia bons petiscos para saciar a fome.

Como dois deles traziam comida de casa, o terceiro elemento do grupo entrou, pediu e saiu com a sua merenda. Do lado de fora e bem juntinho à berma do passeio, estava algo semelhante a um banco de jardim, apesar de ali não haver nenhum.

Ora, nem mais! Vazio, parecia que estava à espera deles. Era pequeno mas, felizmente, servia o propósito, já que só dois se quiseram sentar.

Enquanto almoçavam, de vez em quando, uma ou outra pessoa espreitava do lado de dentro do café. Se calhar, queriam sentar-se aqui também.

Faltavam poucos minutos para o início da última parte do exame, no entanto, a hora de almoço ainda não tinha terminado. Eis então que, do café, saiu um empregado sorridente que, cheio de bons modos, pediu licença para afixar um papel ao encosto do banco. Logo a seguir, retirou-se com a mesma delicadeza.

Só depois é que o grupo teve oportunidade de ler o dito cujo:


ESTE BANCO É DO USO EXCLUSIVO DOS CLIENTES




...

Mas eles eram clientes, quer dizer, uma das pessoas consumiu, portanto...

Já agora, para quê tanta educação para, no final de contas, demonstrar precisamente o contrário?

Dá-se o desconto porque, afinal, toda esta história serve só para reforçar a ideia de que há muita gente que sofre deste mal chamado "falta de tacto".

23 de novembro de 2011

Interessante!

Esta semana li numa revista a notícia seguinte:


Americanos criam um manto invisível

Com recurso à nanotecnologia e ao fenómeno óptico das miragens, cientistas da Universidade de Dallas (EUA) criaram um manto que torna invisíveis os objectos.


Um déjà vu? A mim faz lembrar o "Manto da Invisibilidade", um dos objectos mágicos presentes na saga literária "Harry Potter", de J.K. Rowling.





Ao pesquisar um pouco mais sobre o assunto, deparei-me com uma informação colocada no site Notícias R7 sobre o tema "Tecnologia e Ciência", em Março de 2010:

Depois de cinco anos, os cientistas finalmente conseguiram produzir metamateriais - materiais compostos que não existem em estado natural - capazes de mudar o deslocamento da luz visível, ao fazê-la deslizar sobre um objecto de forma similar à da água sobre as rochas no fundo de um rio. Dessa forma, fica invisível.

Ao mesmo tempo, recordei com carinho um episódio da minha vida em que uma senhora, minha amiga, me disse que, até ter provas do contrário, acredita que a imaginação é como um portal para outras dimensões, nas quais é possível absorver e adquirir conhecimento que, posteriormente, pode ser transposto para a ficção, acrescentando que "as histórias fictícias são experiências".

De certa forma, senti-me reconfortada com a sua opinião.

31 de outubro de 2011

Aos 19:50!

28 de outubro de 2011

O que é?




Ai, a comichão que isto me causa!

25 de outubro de 2011

Ai, os doces!

Ai, ando outra vez desleixada!

No entanto, para compensar o abandono frequente (mas nunca definitivo) ao blogue, trago um conselho bem docinho, principalmente para os amantes de rebuçados artesanais: visitem a Papabubble porque vale a pena!

Se forem até à Rua da Conceição, na Baixa de Lisboa, vão encontrar miminhos iguais ou semelhantes a este:








Não são queridos, os minimaracujás?

Deliciosos, lá isso eram! :)

2 de outubro de 2011

Vivendo a cultura nipónica :)

Este sábado, dia 1 de Outubro, tive o prazer de participar em mais um evento promovido pela Embaixada do Japão em conjunto com outras entidades: a Festa do Japão, cujo objectivo era comemorar a amizade entre Portugal e o país nipónico.





Deste modo, procedeu-se à reabertura do Jardim do Japão, o lugar onde se realizou o festival, e seguiram-se diversas actividades culturais: demonstração de caligrafia, ikebana (arte floral japonesa), origami (técnica de dobrar papel), orikata/furoshiki (técnicas de embrulho), artes marciais, experimentação de yukata (quimonos de algodão), poesia haiku, música, entre outras.

Por lá, experimentei alguns jogos tradicionais, participei no concurso Nihon Maru Batsu (muito divertido, por sinal - a explicação das regras encontra-se mais adiante), deliciei-me com yakitori (espetadas de frango) e tirei algumas fotografias:


O espaço




Torii (portão tradicional japonês) - Um símbolo presente na entrada para um lugar sagrado, geralmente, um santuário xintoísta. Na minha opinião, foi pensado e colocado neste evento porque, no Japão, é comum as festas tradicionais realizarem-se nestes locais.




Vista geral - Algumas tendas, nomeadamente, as de venda de comida e bebida japonesas.




Lanterna - Um dos muitos elementos decorativos.




Palco - Decorado com carpas, cujo significado na cultura nipónica é a força e determinação para se alcançar os objectivos. Havia mais espalhadas pelo relvado.


Actividades




Jogos tradicionais I




Jogos tradicionais II




Vitoriosa por ter pescado dois balões no Yo-yo Tsuri (um jogo que consiste em pescar com uma corda de papel o maior número possível de balões mergulhados num recipiente; o truque é ter rapidez e destreza suficientes para fazer durar a corda)!


Nihon Maru Batsu




A apresentadora a cumprimentar as dezenas de concorrentes, posicionadas à frente do palco. Cada participante tinha trocado um papel por uma pequena bandeira japonesa, o bilhete de entrada para o concurso.




A japonesa revela a lista de perguntas, lidas em português e, seguidamente, em japonês, às quais tinha de ser dada a resposta sim ou não.




Uma ligeira mudança no visual marcou o início da prova.




Aquando da leitura da pergunta, os concorrentes tinham de estar centrados, para que, durante dez segundos, pudessem pensar e decidir para que lado correr; se para o do círculo (a resposta sim) ou para o da cruz (a resposta não). Finalizado o tempo, era levantada uma corda a separar os dois grupos.




O grupo derrotado tinha de devolver a bandeira e retirar-se para o jogo prosseguir.

Achei graça ao facto de os vencedores terem sido três crianças. Poderão ir ver o espectáculo do músico Ryuuichi Sakamoto na Gulbenkian sem pagar um tostão!


Gastronomia




Yakitori - O remate final




Mochi recheado com pasta de castanha e arroz (gulosa, João! :P)


Foi uma tarde muito bem passada, da qual desfrutei ao máximo, em boa companhia. :)

Espero por mais eventos como este!

17 de setembro de 2011

Smile(ys) again!

Há coisa de dois anos e meio que não escrevia sobre uma das minhas grandes paixões: os smileys do Messenger!

Desde aqui até agora, houve uma grande (r)evolução!








Tirem as vossas próprias conclusões. :P

Também neste caso, alguns mexem-se.

7 de setembro de 2011

O meu regresso é assim

Depois de um mês na Costa de Caparica, aqui estou eu! :)

Não que me faltassem condições para actualizar o blogue, no entanto, havia outras coisas das quais preferi desfrutar. :P

Bem, já é tarde, por isso, resolvi dar a conhecer a minha participação (falhada) no concurso "Sou o Rei/Rainha do Karaoke", já que um copy-paste do documento que enviei é quase o suficiente para fazer um post.

A minha decisão baseia-se no facto de ter a ousadia de achar que o meu trabalho final até está engraçado. Se tivesse que o nomear, chamar-lhe-ia "Jefferson, o rapper frustado".


Yo! Yeah!


Se queres que te diga

Hoje não tou com espiga

Tou nervoso, dói-me a barriga

É só treta, que se siga

Se tás com azar, então faz figa!


Yeah! Tá-se bem?

Atenção pessoal que vou mais além

O chamar a música tá no ar

Vai ser só rir e chorar

Com o Manzarra a apresentar

E os famosos a cantar

Tudo o resto que se vá catar

A vida

Mais a sua podridão

Obrigado, SIC

És a minha salvação!


Não tou nos meus dias

Este mundo é tramado

E eu todo lixado

Ponho o lenço para o lado

Nas ruas sou gozado

Esmagado e humilhado!


Yeah! Tá-se bem?

Atenção pessoal que vou mais além

O chamar a música tá no ar

Vai ser só rir e chorar

Com o Manzarra a apresentar

E os famosos a cantar

Tudo o resto que se vá catar

A vida

Mais a sua podridão

Obrigado, SIC

És a minha salvação!


Não há quem aguente

Ninguém me faz frente

O Pinto só me mente

A Karina é inocente

Esta cena é indecente!


Engano o meu pai

Sou um bad guy

Falsificar a assinatura

É coisa que não dura

Se me apanham tou urdido

Mal pago e aborrecido!


Yeah! Tá-se bem?

Atenção pessoal que vou mais além

O chamar a música tá no ar

Vai ser só rir e chorar

Com o Manzarra a apresentar

E os famosos a cantar

Tudo o resto que se vá catar

A vida

Mais a sua podridão

Obrigado, SIC

És a minha salvação!


Yo! Tou farto! What’s up?

I’m living my life but now I’m sucked!

Já disse, tou acabado

Deste mundo, enojado

Paralisado!

Yeah! Esta cena não faz sentido!

Man! Abre bem o ouvido!

Não! Não me dou por vencido!

Acredita, sou rebelde e a todos calarei

Um bacano indisciplinado, do karaoke sou o Rei!


Yeah! Tá-se bem?

Atenção pessoal que vou mais além

O chamar a música tá no ar

Vai ser só rir e chorar

Com o Manzarra a apresentar

E os famosos a cantar

Tudo o resto que se vá catar

A vida

Mais a sua podridão

Obrigado, SIC

És a minha salvação!


Note-se a diferença no género, para que não haja qualquer semelhança ou comparação com a autora.

Para o profissional que precise de letras de música, informo de que sou desempregada.

14 de julho de 2011

Exercitando a escrita II


Ensaio sobre “O verdadeiro Eu”


Por vezes, o ser humano dá por si a questionar a sua própria conduta: “Será que fui justo?”, “Terei interpretado bem?”, “Estarei a fazer um julgamento errado?”, entre outros tantos exemplos, são perguntas bastante frequentes neste contexto que nos remete para a presença de um juiz individual dentro de cada um de nós, mais inseguro e indeterminado do que a pessoa que julgamos ser ou que os outros pensam que somos.

Como se explica este fenómeno?

É porque somos tendencialmente falsos, optando por mostrar perante os outros algo que não somos?

Conheço quem possa concordar com esta teoria. Não é o meu caso; creio que só duas razões suficientemente fortes poderiam justificar este tipo de carácter: o cinismo – a intenção pura de falsear uma situação – ou o medo – a barreira impedidora da genuína exteriorização do indivíduo. A presença constante deste inimigo é, talvez, o motivo mais forte pelo qual o ser humano não se revela ao outro na totalidade porque teme a perda.

Na minha opinião, pode chamar-se à voz interior que nos questiona “o verdadeiro Eu”. Se estivermos atentos, veremos que ela não nos convida apenas a reflectir sobre as nossas atitudes e comportamentos; também nos informa, avisa, sugere, até nos repreende, se for preciso. No fundo, o que denominamos por “consciência” ou “intuição” pode aglutinar-se-lhe sem qualquer sentimento de estranheza, afinal, trata-se de manifestações do “verdadeiro Eu” de ângulos diferentes mas de igual importância.

Particularizando, arrisco-me a afirmar que estas concepções (e haverá mais) exigem um conhecimento mais além do que aquele a que temos acesso na dimensão visível do mundo concreto ou plano terreno em que vivemos. Enquanto, através do sexto sentido, acedemos a determinadas ideias de uma forma involuntária, o acto consciente pressupõe uma análise através do raciocínio lógico da parte de quem experiencia os acontecimentos reais. A diferença reside no facto de, no primeiro caso, o processo ser inconsciente, contudo, ambos sustentam a presença e intervenção do verdadeiro Eu, na medida em que, como referi anteriormente, ele é a nossa voz interior ou, por outras palavras, o nosso espírito que, com uma sabedoria mais alargada, faz fluir em nós mensagens e sentimentos, cuja origem, por vezes, não conseguimos explicar.

A essência genuína de qualquer indivíduo só se exteriorizaria na sua totalidade se este se sentisse totalmente livre, algo que a sociedade contemporânea não permite; como resultado, inibimos uma parte de nós.

Todavia, considero que bastará abrirmo-nos um pouco ao nosso verdadeiro Eu para este se revelar a nós também. Realizada esta comunhão, acredito veementemente na possibilidade de vivermos cada dia com serenidade, esboçada através de um sorriso nos lábios, pois compreenderíamos que tudo na vida não é consequência do acaso, mas do próprio processo evolutivo de cada um.


Disseram-me que lhe faltava um tom mais de dúvida. Aguardo mais opiniões.

6 de julho de 2011

Exercitando a escrita

Se este post tivesse sido escrito ontem, terça-feira, o meu compromisso como blogger teria um pouco mais de credibilidade.

Não faz mal.

Desta vez, inspirada pela coragem e ousadia do meu irmão em publicar textos da sua autoria, vou partilhar um dos trabalhos que me foi requisitado num dos cursos da escola Escrever Escrever que estou a frequentar neste momento.

Nós, alunos, tivemos que criar um personagem, seguindo determinados parâmetros: nome, nacionalidade, aparência, três traços de personalidade e a coisa mais importante que fez na vida. Depois entregámos o seu destino a um dos colegas: o objectivo era criar uma situação de tensão que o obrigasse a revelar-se ou um episódio com a sua cara-metade, escrevendo entre 3.000 e 4.000 caracteres, incluindo espaços; em suma, consistia em explorar o personagem e não deixar que a voz do narrador o abafasse.

Eu tinha em mãos as seguintes informações:

- Rodrigo Fernandes;
- Luso-americano;
- Pequeno, cabelo curto, nariz grande, usa roupa formal;
- Gosta de ver o mundo de forma científica ("tudo tem uma explicação lógica"), não se interessa pela religião, come para esquecer os problemas;
- Apareceu numa reportagem.


- Traga-me o prato mais caro que constar na ementa, por favor.

Enquanto aguardava o seu jantar, Rodrigo observava atentamente as pessoas sentadas nas mesas ao seu redor. Numa delas, colegas de trabalho discutiam política; numa outra, uma família exaltava-se com o preço elevado da comida servida no restaurante mas era na mesa ao lado da sua que o homem sisudo tinha focado a sua atenção.

Seis jovens bem-parecidos comentavam a reportagem que tinha sido notícia de abertura do telejornal de todos os canais televisivos nacionais na noite anterior:

- Já viram? Parece que o cientista Rodrigo Fernandes conseguiu encontrar uma explicação lógica para a origem das mais diversas doenças.

- É verdade. Quem iria conseguir provar que o pensamento e os sentimentos eram assim tão poderosos?

- Tudo ocorre a nível físico, sem dúvida, mas a mente serve de alavanca para todo o processo.

- Tendo em conta as provas apresentadas, concordo.

- Tenha um bom apetite – disse o empregado, ao colocar a última travessa diante de Rodrigo que, absorto na conversa dos rapazes, nem dera conta que já tinha a comida à sua frente.

- Obrigado – respondeu, educadamente.

O cientista tinha diante de si um bife do lombo de vaca mal passado e mergulhado num molho de natas espesso, uma travessa com batatas fritas cortadas em pequenas rodelas e uma outra com salada, mais um copo de vinho tinto que completava a refeição. Ligeiramente enjoado, Rodrigo arrependeu-se da sua ida àquele restaurante segundos depois de ter saboreado a comida, cujo aspecto suculento parecia ser tentação do demónio. O seu mal-estar não se devia à qualidade gastronómica da casa; ele sabia que a máxima “comer para esquecer os problemas” nunca os tinha resolvido, de facto.

A discussão violenta que tivera com a sua esposa era o motivo pelo qual estava perturbado. – Ainda por cima, a culpa foi minha – lamentou num murmúrio. A religião nunca lhe havia suscitado qualquer interesse, contudo, talvez por a sua mulher lhe ser demasiado devota, várias vezes o casal entrava em conflito ao tentar justificar e, ao mesmo tempo, impor o seu ponto de vista ao outro.

Desta vez, Rodrigo tinha-se excedido. Num tom de voz elevado, acusara-a de ser uma mulher fraca que, em vez de encarar as dificuldades e fazer algo para as ultrapassar, preferia passar o tempo enfiada numa igreja a rezar a uma entidade cuja existência nem sequer se havia provado. A sua ofensa deixara Luísa sem palavras mas, através da expressão do seu olhar, Rodrigo deduziu ter-lhe abalado as convicções. Muda e num passo lento, tinha-se encaminhado para o quarto, onde se havia trancado e começado a chorar compulsivamente.

- E se esta for a peça que faltava para compreender a religião?

Rodrigo Fernandes sobressaltou-se com o que acabara de ouvir da mesa onde estavam os seis rapazes que, ainda há pouco, falavam da reportagem onde tinha aparecido. A hipótese sugerida por um dos jovens fez com que o seu foco de atenção regressasse ao presente. – Será que ainda estão a falar do meu trabalho…? Não pode ser... Não tem nexo!

Incrédulo, continuou a escutar:

- Estás a querer dizer que podemos comparar a força da nossa mente à de Deus?

- Não. Mais do que isso – fez uma pausa breve. – Estou a supor que ambos são a mesma coisa.

Rodrigo petrificou, atónito perante tal sugestão. Só o seu cérebro parecia estar a funcionar. E a uma velocidade perturbadora.

Precisou de alguns segundos para se recompor do assombro que o havia invadido. De seguida, reflectiu durante um quarto de hora e, por fim, concluiu:

- Afinal, pode fazer sentido.

A aparente resolução do problema tinha-lhe aberto o apetite. Terminou a refeição, pagou e saiu do restaurante num ápice, ansioso por ajudar a devolver a fé à sua esposa e aprofundar o seu estudo através de uma outra vertente que, outrora, jamais lhe teria ocorrido explorar.


Críticas, comentários ou sugestões são muito bem-vindos.

9 de junho de 2011

Luz na escuridão





Se a beleza proporcionada pelo final da tarde de um dia nublado significar bons auspícios, este fim-de-semana prolongado vai valer muito a pena.

Até terça-feira!

5 de junho de 2011

Trip to Badoca Safari Park!

Ontem, no dia 4 de Junho, foi-me proporcionado pelo Wall Street Institute um encontro exclusivo com a vida selvagem no Badoca Safari Park (a um preço bastante razoável)!





Foi uma experiência única porque, para além de ter visto e interagido com os mais variados animais, levei como acompanhante a minha família.

Partimos do Marquês de Pombal um pouco depois das 9h00 e as duas horas de caminho, com uma paragem de 20 minutos em Alcácer do Sal, quase não se fizeram sentir. Até às 12h45, pudemos desfrutar do parque à nossa vontade, seguindo o mapa que continha as informações sobre os espectáculos, as atracções e os locais a visitar. Durante esse período de tempo, vimos diferentes espécies de aves, iguanas, lémures (aos quais pude dar comida porque me inscrevi na Sessão de Alimentação), cangurus, javalis, um suricate, cabras, tigres, girafas, zebras...

Por volta das 13h00, almoçámos a nossa comida do piquenique e descansámos um pouco à sombra de umas árvores. Não relaxámos a 100% pois, entretanto, um passarinho recém-nascido (sem penas sequer!) caíra do ninho, o que nos causou algum transtorno. Disseram-nos que ele não ia sobreviver.

Felizmente, a parte da tarde ficou marcada pela adrenalina vivida no Rafting Africano, durante o qual, percorrendo 500 metros a bordo de um barco pneumático, nos pudemos refrescar, e pelo encanto proporcionado pelo Safari Aventura - num tractor, atravessámos 45 hectares de campo onde estavam girafas, búfalos, avestruzes, zebras e muitos outros animais selvagens africanos em liberdade.

Na fase final do passeio, demos um pulinho à loja, tirámos uma fotografia com o grupo todo do Wall Street Institute junto do Badokas, umas das mascotes do parque, e depois seguimos para o autocarro.

Deixo aqui algumas fotografias deste passeio maravilhoso:


Paisagem



















A observar e a ouvir uma explicação sobre os lémures




Não é a girafa de Tróia; é um divertimento para as crianças

















Animais




Tucano




Um pato da Austrália... não me recordo do nome




Uma iguana...




... e a sua compatriota




Mocho das Orelhas (porque os tufos que tem na cabeça parecem orelhas!)




Galinha do Mato




Lémures de Cauda Anelada




Cegonha




Estes flamingos fazem-me lembrar algodão doce!




Araras Vermelhas de Asa Verde e Araras Amarelas de Asa Azul




Emas




Uma das emas a beber água que...




... reparou que estávamos a observá-la!




- Fora do meu território!




Desprezo ou moleza depois de almoço?




Canguru de Bennett




Javali (não resisti a dizer "eu sou o Pumba", imitando a voz portuguesa)




Suricate (como era mais querido do que o Timon, não me ocorreu dizer nada)




Entrou e saiu da toca, o cusco!




*_* (sem palavras)




Cabras e família




Antílope




Pavão


Rafting Africano





Safari Aventura




Avestruzes




O dromedário que alimentámos




Girafa




Zebras


Por ver, ficou apenas a Ilha dos Primatas. Por isso, vou ter de voltar ao Badoca Safari Park.

Só me resta concluir que... vale a pena aprender inglês!